21.2.09

Mulheres a dias que cantam...

Assisti ontem à noite numa "maison de quartier" em Tremblay-en-France, nos arredores de Paris, à projecção do filme documentário de um jovem cineasta luso-descendente, Jean Philippe Neiva "Entre deux rêves". O público era extrêmamente cosmopolita : jovens franceses de origem maroquina ou tunisina, portugueses, franceses de idade avançada (o mais jovem tinha 71 anos !), franceses originários das Antilhas francesas, jugoslavos, senegaleses, congoleses, guinéenses, pelo o que consegui apurar.

O debate proporcionou momentos interessantes de troca e de partilha. Um dos momentos mais fortes foi quando um jovem maroquino de 11 anos, entre gargalhadas e piadas dos amigos, perguntou porque é que as mulheres a dias cantavam, em referência a uma cena do filme onde uma dezena mulheres portuguesas, com avental e touca, lavavam a louça nos bastidores de uma festa associativa, e cantavam à desgarrada. N
ão conseguia compreender como é que se tinha vontade de cantar quando se trabalha. Jean-Philippe registou a frase para um futuro trabalho.

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